O Offspring prestou uma homenagem potente a Ozzy Osbourne, que morreu na terça-feira (22), aos 76 anos. A banda californiana de punk rock não só levou um cover energético de “Crazy Train” para os palcos, como também lançou uma versão de estúdio da música, acompanhada de um clipe, como tributo ao ícone do heavy metal.
A primeira celebração ao vivo aconteceu no shows de Syracuse (Nova York), ainda na terça (22), e depois Toronto (Canadá), na quarta (23). O guitarrista Noodles introduziu a canção citando uma fala de Ozzy: “Ele não queria criar riffs que impressionassem guitarristas. Ele queria criar riffs que fizessem o garotinho da casa ao lado querer pegar uma guitarra e tocar.” Em Toronto, a banda contou com a participação de Dave Baksh (ex-Sum 41) na performance.
A versão de estúdio de “Crazy Train”, divulgada pela banda, traz a assinatura punk rock do Offspring, com guitarras mais sujas e bateria acelerada. “Ozzy foi uma das maiores influências para todos nós. Ele era ousado, criativo, imprevisível… e absolutamente autêntico. Fazer essa versão de ‘Crazy Train’ foi a nossa forma de dizer ‘obrigado’”, disse o vocalista Dexter Holland em comunicado.
O clipe que acompanha o lançamento intercala imagens da banda em estúdio com registros históricos de Ozzy, desde os tempos do Black Sabbath até seus momentos mais marcantes em carreira solo, criando uma ponte entre gerações e estilos.

Ozzy Osbourne em show de despedida do Black Sabbath, durante o festival Back to the Beggining, no estádio Villa Park, em Birmingham, na Inglaterra | Ross Halfin – 5.jul.2025/Divulgação
A morte do Príncipe das Trevas gerou uma onda de tributos no mundo da música. Além do Offspring, o Oasis, em meio à sua turnê de reunião, dedicou “Rock ’N’ Roll Star” a Ozzy durante o primeiro de seus sete shows no estádio de Wembley, em Londres, nesta sexta (25), projetando uma imagem do músico no telão.
Lady Gaga também prestou sua homenagem. Durante show da turnê “The Mayhem Ball” em São Francisco, a popstar vestiu uma camiseta com o nome de Ozzy e apresentou uma performance coreografada de “Crazy Train”, também na terça (22).
A escolha de “Crazy Train” por tantos artistas não é coincidência. Lançada em 1980, a faixa é um dos maiores hinos da carreira solo de Ozzy e sua letra, uma crítica à loucura do mundo moderno, dialoga com a atitude de diversas vertentes do rock.
A morte do roqueiro veio apenas 17 dias após realizar sua despedida definitiva dos palcos no evento Back to the Beginning, em 5 de julho. O festival em Birmingham, sua cidade natal, marcou o reencontro da formação original do Black Sabbath após 20 anos. O evento foi uma grande celebração de seu legado, com a participação de bandas como Metallica, Guns N’ Roses e Slayer.
Naquela noite histórica, Ozzy, visivelmente emocionado, fez um set solo com clássicos como “Mr. Crowley” e a própria “Crazy Train”, antes de se juntar aos seus companheiros de Black Sabbath para as icônicas “War Pigs”, “N.I.B.”, “Iron Man” e “Paranoid”.
O músico, que enfrentava diversos problemas de saúde, incluindo a doença de Parkinson, declarou na época sobre o show: “É minha vez de ir ‘de volta para o começo’… Hora de retribuir ao lugar onde eu nasci”.