Um dos respiros na noite de energia do Limp Bizkit no Allianz Parque, neste sábado (20), foi a performance de “Behind Blue Eyes”. Comandada pelo vocalista Fred Durst, a canção funcionou como uma das pausas estratégicas em um repertório que celebrou a era de ouro do nu metal.
A canção, um dos momentos mais melódicos do show, é uma releitura do clássico da banda inglesa The Who, lançado originalmente no álbum “Who’s Next”, de 1971. A versão do Limp Bizkit, de 2003, se tornou um grande sucesso e apresentou a música para uma nova geração, sendo um dos covers mais conhecidos do grupo.
Mas a apresentação foi, em sua maioria, uma viagem direta ao auge comercial da banda, com trabalhos de 1999 e 2000. Hinos dos álbuns “Significant Other” (1999) e “Chocolate Starfish and the Hot Dog Flavored Water” (2000), como “My Generation”, “My Way”, “Nookie” e “Take a Look Around”, que incluiu o icônico tema do filme “Missão: Impossível 2”, mantiveram a intensidade lá no alto.
A energia, aliás, foi liberada desde o primeiro segundo. A banda abriu os trabalhos com seu maior hino, “Break Stuff”, liberando a euforia das 45 mil pessoas presentes. A pista se tornou um caldeirão de pulos e rodas de mosh, onde era possível ver até um Pikachu e um Jesus em meio à intensa agitação.
A noite, no entanto, também teve um início solene, com um tributo que se repetiu em todas as datas da turnê desde a morte do membro fundador, Sam Rivers, em outubro deste ano. Com os integrantes sentados no palco, um vídeo nos telões relembrou a trajetória do baixista ao som de “Drown”. A faixa “Re-Arranged” também foi dedicada ao amigo.
No comando da festa, Fred Durst, aos 55 anos, assumiu um papel de anfitrião. Longe da imagem controversa do passado, o vocalista conversou com a plateia, agradeceu aos fãs e às bandas de abertura, mostrando uma forte conexão com o público brasileiro.
Um dos momentos que exemplificou essa sintonia foi quando o grupo chamou uma fã chamada Bia ao palco para cantar “Full Nelson”. A performance animada da fã foi um dos pontos altos da interação da banda com seus seguidores.
O bom humor também foi um elemento constante. Antes de tocar o cover de “Faith”, de George Michael, DJ Lethal soltou a introdução de “Careless Whisper”, com Durst incentivando o público a dançar “agarradinho”.
Para o encerramento, o grupo subiu a aposta. Com as luzes do estádio acesas, o Limp Bizkit tocou “Break Stuff” pela segunda vez, convidando ao palco os integrantes das bandas de abertura – 311, Bullet for My Valentine, Ecca Vandal, Riff Raff e Slay Squad – para uma grande celebração coletiva.
O show em São Paulo encerrou a turnê “Loserville” pela América Latina, que antes da capital paulista, passou por países como México, Costa Rica, Colômbia, Peru, Chile e Argentina. A apresentação marcou o retorno do grupo ao Brasil após a passagem pelo festival Lollapalooza, em 2024.
Setlist do Limp Bizkit em SP (20.dez.2025)
- Break Stuff
- Hot Dog
- Show Me What You Got
- My Generation
- Livin’ It Up
- My Way
- Rollin’ (Air Raid Vehicle)
- Re-Arranged
- Behind Blue Eyes (The Who cover)
- Eat You Alive
- Nookie
- Full Nelson (com fã no palco)
- Boiler
- Faith (George Michael cover)
- Take a Look Around
- Break Stuff (com bandas de abertura)
Veja fotos do Limp Bizkit em SP (20.dez.2025)




















