O governo do presidente Donald Trump enviará agentes de imigração para o Super Bowl de 2026, onde o cantor porto-riquenho Bad Bunny será a atração principal do show do intervalo, em 8 de fevereiro . A confirmação foi feita por Corey Lewandowski, assessor do departamento de Segurança Interna, nesta quarta-feira (1º), durante participação no podcast The Benny Show.
A final da NFL, a liga de futebol americano, vai ocorrer no Levi’s Stadium, em Santa Clara, na Califórnia, e é um dos eventos de maior visibilidade da cultura norte-americana. Neste show do intervalo, já teve nomes como Kendrick Lamar, Beyoncé, Rihanna, The Weeknd, Michael Jackson, Madonna e Paul McCartney. A apresentação de Bad Bunny será sua a única solo americano continental, já que ele optou por não incluir o país em sua aguardada turnê mundial.
Em recente entrevista à revista i-D, o próprio cantor revelou que um dos motivos para a ausência dos EUA em sua tour foi o medo de batidas de agentes do ICE (Serviço de Imigração e Controle de Alfândegas dos EUA) em seus shows, visando proteger seus fãs latinos. “Há muitas razões pelas quais eu não vou tocar nos EUA, e nenhuma delas é por ódio. Toquei lá muitas vezes e todos os shows foram magníficos”, disse ele. “Mas existe a questão do ICE. E se o ICE ficar na porta do meu show? Isso é algo que me preocupa muito e que temos discutido”, explicou.
Público vê Bad Bunny em show da residência “No Me Quiero Ir de Aquí”, no Coliseo José Miguel Agrelot, em San Juan, Porto Rico | 16.ago.2025/Fronthouse Media/Divulgação
As declarações de Lewandowski intensificam essa preocupação. “Não há nenhum lugar onde se possa oferecer refúgio a pessoas que estão ilegalmente neste país. Nem no Super Bowl nem em nenhum outro lugar”, disse o assessor. “Nós os encontraremos, os prenderemos, os colocaremos em um centro de detenção e os deportaremos. Saibam que essa é uma situação muito real sob esta administração”.
Lewandowski também criticou a escolha do artista para o evento, classificando-a como “vergonhosa” e o cantor como “alguém que parece odiar tanto os Estados Unidos”.
A escolha do artista para o Super Bowl, anunciada no último domingo (28) , irritou apoiadores do presidente Trump, que questionaram a presença de um artista que canta majoritariamente em espanhol no principal evento do futebol americano.
Lewandowski, que faz parte do círculo próximo de Trump, não detalhou como seria a operação do ICE, mas afirmou que os agentes “estarão em todos os lugares”.
Bad Bunny está no auge de sua carreira. Seu mais recente álbum, “Debí Tirar Más Fotos”, foi aclamado pela crítica e ele lidera as indicações ao Grammy Latino deste ano .
Sua turnê mundial “Debí Tirar Más Fotos” tem início em novembro e passará por 21 países. O Brasil está na rota com duas apresentações em São Paulo, no Allianz Parque, nos dias 20 e 21 de fevereiro de 2026, ambas com ingressos esgotados .