Ace Frehley, guitarrista e membro fundador da icônica banda de rock Kiss, morreu nesta quinta-feira (16), aos 74 anos. Segundo o site TMZ, a causa da morte foi uma hemorragia cerebral. Ele é o primeiro integrante da formação original do grupo a morrer.
Nas últimas semanas, o músico havia cancelado shows devido a problemas de saúde. Em setembro, sofreu uma queda em seu estúdio que exigiu hospitalização. No início de outubro, cancelou as datas restantes de sua agenda para 2025 por “questões médicas contínuas”. Segundo informações, ele estava sendo mantido vivo por aparelhos, que foram desligados pela família nesta quinta.
“Estamos completamente devastados e de coração partido”, disse a família de Frehley em comunicado. “Refletindo sobre todas as suas incríveis conquistas na vida, a memória de Ace continuará a viver para sempre!”.
Ao lado de Gene Simmons, Paul Stanley e Peter Criss, Frehley fundou o Kiss em 1973, em Nova York. Com sua maquiagem de Spaceman(ou Astronauta), seu estilo de tocar guitarra e sua atitude de rockstar, ele se tornou uma peça fundamental para o sucesso estrondoso da banda nos anos 70, inspirando uma geração de músicos.
Embora Simmons e Stanley fossem os compositores principais, Frehley assinou faixas importantes e queridas pelos fãs, como “Cold Gin”, “Parasite” e “Shock Me”. Seu jeito de tocar era a alma de hinos como “I Was Made for Lovin’ You”, “Detroit Rock City” e “Rock and Roll All Nite”.
Crescendo no Bronx, Frehley foi profundamente influenciado pelo rock teatral de bandas como The Who. Em 1973, respondeu a um anúncio de jornal que procurava um guitarrista “com flash e habilidade”, o que o levou à audição que mudaria sua vida. Simmons, Stanley e Criss, inicialmente céticos com seu visual, foram conquistados assim que ele começou a tocar.
O Kiss rapidamente se destacou pela maquiagem e pelo show bombástico, mas foi o álbum ao vivo “Alive!” (1975) que os catapultou para o estrelato. Para muitos fãs, Ace era o membro mais “cool” da banda. Em 1978, quando cada integrante lançou um álbum solo no mesmo dia, o disco de Frehley foi o mais vendido, impulsionado pelo sucesso de sua versão para “Back in the New York Groove”.
No entanto, a trajetória do guitarrista também foi marcada por questões relacionadas ao abuso de álcool e drogas, o que gerou atritos internos. Insatisfeito com a direção mais comercial que a banda tomou no fim dos anos 70, que atraiu um público mais jovem, Frehley deixou o Kiss em 1982.
Ele retornou ao grupo em 1996 para a turnê de reunião da formação original, que lotou estádios ao redor do mundo. Frehley permaneceu com a banda até 2002, quando saiu novamente após o fim da “turnê de despedida” daquela época.
Após sua segunda saída, ele continuou com sua carreira solo, lançando álbuns e fazendo turnês. Sua morte representa uma perda imensurável para o mundo do rock e encerra um capítulo importante na história de uma das bandas mais influentes de todos os tempos.