O Weezer encerrou a primeira edição do festival Índigo, neste domingo (2), com uma apresentação que funcionou como uma viagem no tempo para 12 mil fãs reunidos na plateia externa do Auditório Ibirapuera. A noite no parque Ibirapuera, em São Paulo, foi centrada na comemoração de 30 anos de seu disco de estreia, “Weezer” (1994), também conhecido como “The Blue Album”.
Das 21 músicas do repertório, oito vieram do trabalho que os definiu no rock alternativo dos anos 1990. O quarteto abriu o show com “My Name Is Jonas” e desfilou clássicos como “Undone – The Sweater Song”, “Holiday” e “Say It Ain’t So”, faixas que continuam a ressoar com força três décadas após seu lançamento.
O setlist, no entanto, não se limitou à estreia. A banda equilibrou a nostalgia com outros sucessos que marcaram sua carreira, como “Hash Pipe”, “Island in the Sun” e “Beverly Hills”, garantindo a participação do público durante os quase 80 minutos de show. O encerramento ficou a cargo de “Buddy Holly”, talvez o maior hino do “Blue Album”.
Um dos pontos de interesse da noite era a dinâmica da formação em palco. Com a presença de Josh Freese na bateria, que deixou o Foo Fighters neste ano, o Weezer reeditou uma parceria que durou de 2007 a 2012. Naquele período, Freese chegou a gravar o álbum “Raditude” (2009) com o grupo, o que permitiu que o baterista original, Patrick Wilson, assumisse a guitarra, movimento que foi repetido no palco do Índigo.
Esta foi a terceira passagem do grupo pelo Brasil. A estreia aconteceu em 2005, em Curitiba, e o retorno se deu em 2019, com uma data no Rock in Rio e outra no ginásio do Ibirapuera, em São Paulo.
Horas antes, o Bloc Party subiu ao palco no fim de tarde e entregou uma performance vibrante. Liderados pela presença de palco de Kele Okereke, os britânicos focaram no material de seu disco de estreia, “Silent Alarm” (2005), com a força de faixas como “Banquet” e o single “Helicopter” contagiando a plateia.
Veteranos do post-rock, os escoceses do Mogwai construíram paisagens sonoras densas. O show do grupo, majoritariamente instrumental, alternou entre momentos de calmaria e verdadeiras muralhas de som, uma característica marcante de seus quase 30 anos de estrada.
A programação do festival começou com a espanhola Judeline. A artista de 22 anos, que vem ganhando destaque na cena indie europeia, apresentou seu pop com influências de flamenco e R&B para um público que já conhecia suas canções.
A abertura dos trabalhos ficou por conta do quarteto feminino Otoboke Beaver, de Kyoto. A banda japonesa fez uma estreia caótica e acelerada no Brasil, com uma descarga de punk rock que marcou o início do evento.
Entre as trocas de palco, a atmosfera do festival foi mantida por sets de DJ’s brasileiras, incluindo DJ Sophia, Brenda Ramos, DJulia e Linda Green, além de uma participação do podcast Vamos Falar Sobre Música?.
								
								


