- Publicidade -publicidade

Bad Religion substitui Sex Pistols com show potente e político no The Town

Banda californiana foi escalada de última hora e entregou repertório que percorreu 45 anos de carreira

Vocalista Greg Graffin em show da banda Bad Religion no palco Skyline na segunda edição do festival The Town, no autódromo de Interlagos, em São Paulo | Fernando Schlaepfer - 7.set.2025/Reprodução
Vocalista Greg Graffin em show da banda Bad Religion no palco Skyline na segunda edição do festival The Town, no autódromo de Interlagos, em São Paulo | Fernando Schlaepfer - 7.set.2025/Divulgação

O Bad Religion provou mais uma vez, neste domingo (7), na segunda edição do The Town, por que é um dos ícones do punk rock mundial. Com 45 anos de carreira, o grupo liderado pelo vocalista Greg Graffin —que também é doutor em zoologia e professor de evolução— apresentou um show que percorreu mais de dez álbuns em 1h14 no palco Skyline.

O set começou com a faixa-título de “Recipe for Hate” (1993), seguida por “Supersonic”, de “The Process of Belief” (2002), e “You Are (the Government)”, do clássico “Suffer” (1988). As canções conquistaram rapidamente o público e deram a impressão de que o Bad Religion fazia parte do lineup desde o início, e não como substituto de última hora do Sex Pistols.

“Estávamos em férias até uma semana atrás. Agora, estamos aqui em férias diferentes, não é? E hoje é o dia da independência, e vocês são o governo”, alertou Graffin, em um dos vários discursos políticos do dia, antes da banda tocar “You Are (the Government)”.

Formado em 1980, em Los Angeles, o Bad Religion é composto atualmente por Brian Baker (guitarra) — lendário guitarrista do Minor Threat —, Mike Dimkich (guitarra) e Jamie Miller (bateria), além dos cofundadores Jay Bentley (baixo) e Brett Gurewitz (guitarra), que segue como compositor.

Outros destaques da noite foram “No Control”, “Struck a Nerve” e a melódica “New Dark Ages”, com os vocais de apoio de Bentley e Baker, uma das marcas registradas do grupo. O mesmo recurso pôde ser apreciado em “My Sanity” e “Fields of Mars”.

As letras, que abordam política, religião e sociedade, conectaram-se com os fãs. Foi o caso de “Modern Man” e o hit “21st Century (Digital Boy)”, que antecipava há mais de 30 anos a nossa dependência tecnológica. O tom questionador é uma marca desde o primeiro álbum, “How Could Hell Be Any Worse?” (1982), que incluiu no setlist “Fuck Armageddon… This Is Hell” e “We’re Only Gonna Die”.

A virada que consolidou a banda no punk rock veio com “Suffer” (1988). O disco influenciou uma geração de bandas nos anos 1990, como Offspring e Green Day, ao incorporar mais melodia às composições. Outros clássicos tocados no show, como “Atomic Garden” e “Generator”, foram recebidos com entusiasmo.

A apresentação foi encerrada com dois de seus maiores sucessos: “Sorrow”, com o público cantando junto, e “American Jesus”, que fechou a performance de forma potente.

Esta foi a 13ª vez da banda americana no Brasil. Em entrevista ao jornal O Globo antes do show, Graffin comentou o desafio de substituir os Sex Pistols. “Ninguém substitui Sex Pistols. Mas estamos honrados, porque não há muitas bandas que poderiam ser chamadas […] e que ainda poderiam gerar muita emoção para os fãs brasileiros. Foi como se trocassem a banda favorita do público por talvez outra de suas bandas favoritas”.

O baixista Jay Bentley complementou sobre a correria: “Foi bastante aterrorizante. Quando o convite chegou, pensei que simplesmente não teríamos como aceitar […] Não tínhamos voos, nem vistos, nada… Mas a organização disse que ia cuidar de tudo, então decidimos que deveríamos tentar”.

O dia do rock no The Town teve ainda shows de Capital Inicial, Bruce Dickinson, Pitty, CPM 22 e Iggy Pop, culminando com a apresentação do Green Day. O festival, que teve seu primeiro dia no sábado (6) com Travis Scott e Ms. Lauryn Hill, retorna na sexta-feira (12) com Backstreet Boys.

Setlist do Bad Religion no The Town (7.set.2025)

  1. “Recipe for Hate”
  2. “Supersonic”
  3. “You Are (the Government)”
  4. “Candidate”
  5. “No Control”
  6. “Struck a Nerve”
  7. “New Dark Ages”
  8. “Modern Man”
  9. “My Sanity”
  10. “I Want to Conquer the World”
  11. “Fuck Armageddon… This Is Hell”
  12. “Fields of Mars”
  13. “Do What You Want”
  14. “True North”
  15. “Atomic Garden”
  16. “We’re Only Gonna Die”
  17. “Generator”
  18. “You”
  19. “21st Century (Digital Boy)”
  20. “Infected”
  21. “Cease”
  22. “Anesthesia”
  23. “Sorrow”
  24. “American Jesus”
- Publicidade -publicidade
Leia Mais
- Publicidade -publicidade
- Publicidade -publicidade