A história do Natiruts nos palcos chegou ao fim na noite deste sábado (2). A banda de reggae encerrou definitivamente sua carreira de quase 30 anos com um show emocionante no Na Praia Festival, em sua cidade natal, Brasília. A apresentação foi a última da turnê de despedida “Leve com Você”, em casa, deixando uma mensagem de paz e boas vibrações, como sempre fez em sua música.
A noite foi uma celebração da trajetória de um dos grupos mais importantes do cenário nacional, com um repertório foi uma viagem por todas as fases, emocionando os fãs com hinos como “Presente de uma Beija-Flor”, “Andei Só”, “Quero Ser Feliz Também”, “Natiruts Reggae Power”, “Pérola Negra” e “Sorria, Sou Rei”.
Formado em 1996 em Brasília, o Natiruts (inicialmente Nativus) foi liderado por Alexandre Carlo, vocalista e principal compositor. O grupo surgiu na cena universitária da capital federal e rapidamente conquistou o Brasil com sua mistura de reggae de raiz e mensagens de paz e positividade, tornando-se uma referência do gênero no país.
A turnê “Leve com Você”, que teve início em junho de 2024, rodou o país com a proposta de ser uma grande celebração. Só em São Paulo, foram cinco eventos com ingressos esgotados no Allianz Parque. “Receber muita emoção e carinho do público é a consagração máxima da importância e da missão do Natiruts”, afirmou o vocalista sobre a excursão de despedida.
Ao longo de três décadas, o Natiruts foi fundamental para consolidar o reggae no mainstream brasileiro. O grupo soube como poucos unir a sonoridade jamaicana com uma identidade musical própria, marcada pela MPB e por letras que sempre transmitiram mensagens de paz, amor e positividade, influenciando uma legião de fãs e artistas.
O fim do Natiruts como banda, no entanto, não significa o fim da jornada musical de seus integrantes. Alexandre Carlo já vem explorando sua carreira solo. No início do ano, o artista lançou o single “Sunshine”, uma canção que une a brasilidade baiana com o afrobeat. “Quando eu componho, é como se eu estivesse pintando um quadro. Meu lugar dentro da música brasileira é esse: buscar o empírico, o sonho”, disse o cantor sobre seu trabalho individual.