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Marcelo D2 faz roda de samba com Maria Rita e Leci Brandão em homenagem a Arlindo Cruz

Cantor carioca subiu ao palco no festival Feira Preta com animação e emoção neste sábado (4), no parque Ibirapuera

Leci Brandão (esq.) e Marcelo D2 em show no palco Orí, no festival Feira Preta, realizado no parque Ibirapuera, em São Paulo | Evensen - 4.mai.2024/Divulgação

Leci Brandão (esq.) e Marcelo D2 em show no palco Orí, no festival Feira Preta, realizado no parque Ibirapuera, em São Paulo | Evensen - 4.mai.2024/Divulgação

Marcelo D2 promoveu uma roda de samba de seu trabalho mais recente, o “Iboru”, com uma homenagem a Arlindo Cruz, neste sábado (4). O show do músico carioca foi o principal deste segundo dia do festival Feira Preta, no parque Ibirapuera (zona sul de São Paulo), e teve participações de Maria Rita, Leci Brandão e Arlindinho, filho do homenageado. Com o tema “Ser Feliz É a Nossa Revolução”, a 22ª edição evento vai até este domingo (5), com uma programação que engloba cultura e afroempreendedorismo com palestras, talks e shows.

Durante o show, um vídeo de Arlindo cantando a música “O Bem” no programa de Jô Soares foi exibido no telão, emocionando Marcelo D2, seguido de músicas das mais conhecidas do sambista, como “ Meu Lugar”, “O Show Tem que Continuar” e “Até Clarear”.

Arlindo tem 65 anos e é um dos principais nomes da música brasileira. Em março de 2017, sofreu um AVC (acidente vascular cerebral), que deixou sequelas como a impossibilidade de falar, andar e a necessidade de ajuda para se alimentar, por exemplo. Desde então, o cantor passa por tratamentos para recuperação, o que já inclui mais de 10 cirurgias.

Em sua participação, Maria Rita declarou que ele quem abriu os caminhos para ela. “Arlindo foi quem puxou minha mão para cantar samba”. Na companhia de D2 e Arlindinho, que se mantiveram no palco todo o tempo, a artista entoou canções como “O que É o Amor”, “Saudade Louca” e “Maltratar Não É Direito”

D2 ainda protagonizou um momento fofo com sua mulher, Luiza Machado, quando cantaram juntos “Será que É Amor” e dançaram com a também companheira de Arlindo Cruz, Barbara Cruz.

A entrada Leci Brandão no encerramento causou um grande frenesi na plateia. No repertório com a sambista, veio “Fogueira”, “Maria de Um Só João”, “Só Quero te Namorar” e “Zé do Caroço”, que fechou o espetáculo.

Cantora paraense Dona Onete (esq.) e pernambucana Lia de Itamaracá em show no palco Orí, no festival Feira Preta, realizado no parque Ibirapuera, em São Paulo | Carol Novaes - 4.mai.2024/Portal Lineup
Cantora paraense Dona Onete (esq.) e pernambucana Lia de Itamaracá em show no palco Orí, no festival Feira Preta, realizado no parque Ibirapuera, em São Paulo | Carol Novaes – 4.mai.2024/Portal Lineup

PALCO PRINCIPAL

No palco principal do FFP 2024, teve ainda a artista paraense Dona Onete, que recebeu a pernambucana Lia de Itamaracá, trazendo as raízes do Norte e Nordeste do país para o centro do festival. A cantora paraense afirmou durante a apresentação que “isso [show] faz parte da resistência, a força do Brasil”.

Com sua banda vibrante e talentosa, colocou os espectadores para dançar e cantar com as músicas “Jamburana” e “Banzeiro”, sendo essas um dos pontos altos da apresentação.

A programação com grandes nomes da música brasileira, seguiu agitada durante o dia todo, com um público grande, digno do evento. A abertura do palco principal (Orí), foi marcada pelo Slam das Minas SP e RJ, trazendo rimas sobre a violência contra a mulher, comunidade preta, periférica e queer.

Quem deu sequência à temática foi a dupla Tasha & Tracie com a DJ Livea e participações das cantora Duquesa e MC Ktrine. O show contou com fãs animados que esperaram ansiosos a dupla na grade do palco, durante horas, mesmo em uma tarde quente com os termômetros marcando mais de 30 °C no parque. Entre as músicas mais conhecidas estavam “Arrume-se”, “Tang”, “Willy”, “Combate” e “Cachorraz”, com letras que falam sobre empoderamento feminino, vivências e autoestima das mulheres pretas em um contexto periférico.