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Marina Lima celebra 45 anos de carreira com Pabllo Vittar e cover de Billie Eilish no Lolla

Show da cantora faz parte da turnê ‘Rota 69’ e revisita sua longa e bem-sucedida carreira de intérprete e compositora.

Marina Lima (esq.) com Pabllo Vittar em show no palco Samsung Galaxy, no Lollapalooza Brasil, em São Paulo | 29.mar.2025/Reprodução
Marina Lima (esq.) com Pabllo Vittar em show no palco Samsung Galaxy, no Lollapalooza Brasil, em São Paulo | 29.mar.2025/Reprodução

A cantora Marina Lima fez a sua estreia neste sábado (29) no Lollapalooza Brasil, realizado no autódromo de Interlagos, em São Paulo. A primeira vez não poderia ter sido melhor, com a apresentação de um belo show da turnê “Rota 69”, que celebra os seus 45 anos de carreira e contou ainda com a participação especial de Pabllo Vittar.

Marina presenteou o público com uma interpretação de “Lunch”, de Billie Eilish, um dos pontos altos do show no palco Samsung Galaxy. A escolha da faixa dialoga com a abordagem da artista carioca sobre temas como sexualidade e liberdade, presentes em sua obra desde os anos 1980, além de demonstrar a sua conexão com a música contemporânea.

A primeira imagem exibida no telão, antes de a banda e a cantora subirem ao palco, foi a capa e a contracapa do seu primeiro álbum, “Simples Como Fogo”, lançado em 1979. Na sequência, surgiu a narração em off de “Solidão”, faixa de Dolores Duran (1930–1959) regravada por Marina no LP.

O clássico “À Francesa”, de Claudio Zoli e Antonio Cicero, abriu a apresentação com muito groove, seguido por um dos maiores hits da carreira de Marina Lima, “Fullgás”, introduzido pela linha de baixo e bateria de “Billie Jean”, de Michael Jackson, garantindo o entusiasmo do público logo no início do show. A bailarina Carol Rangel também entrou em cena nesse momento, adicionando um toque especial a todas as performances das quais participou.

Em “Pra Começar”, imagens de grandes metrópoles, seus prédios e trânsito foram exibidas no telão, marcando um momento de certa tensão na apresentação, seguido pela ótima “Me Chama”, de Lobão, e pelo medley “Bloco do Prazer” (1979), de Moraes Moreira e Fausto Nilo, “Pierrot” e “Árvores Alheias”, todas executadas em sequência, com a participação da bailarina. Marina enfrentou alguns problemas técnicos antes do medley e pediu para aumentarem o volume de sua guitarra.

“Cadê minha guitarra? Aumenta essa porra. Isso aqui é festival”, disse, para delírio do público.

O irmão de Marina Lima, o escritor e membro da Academia Brasileira de Letras Antonio Cicero (1945–2024), foi homenageado com fotos no telão e um poema narrado em off. Compositor de vários sucessos da carreira da irmã, ele sofria de Alzheimer e se submeteu a um procedimento de morte assistida em outubro do ano passado, na Suíça. Marina dedicou a belíssima “Virgem” ao imortal irmão.

Em “Na Minha Mão”, a artista voltou a enfrentar problemas técnicos, quando uma trilha foi disparada antes do momento correto — e reclamou novamente. “Eu falei que isso ia acontecer. Bando de homem lerdo. Aumenta essa porra”, esbravejou, em tom de brincadeira, com a equipe. Depois, protagonizou um dos momentos mais doces da tarde ao dançar com a bailarina Carol Rangel em “Nada por Mim”.

O momento mais aguardado foi a anunciada participação de Pabllo Vittar, que subiu ao palco ao som de Billie Eilish. Juntas, as artistas cantaram “Mesmo que Seja Eu”, de Roberto Carlos e Erasmo Carlos (1941–2022), ressignificando ainda mais a letra e adicionando um tom contemporâneo à interpretação. Em seguida, “K.O.”, hit de Pabllo, transformou o Lollapalooza em uma pista de dança a céu aberto.

“Quando a Pabllo aceitou participar, eu não acreditei. Você é incrível”, disse Marina. “Eu te amo, Marina. Você é muito importante para a música brasileira”, respondeu Pabllo, antes de darem um selinho.

“Nem Luxo, Nem Lixo”, clássico de Rita Lee e Roberto de Carvalho, reforçou a atmosfera festiva do show, e “Uma Noite e 1/2”, de Renato Rocketh, encerrou de maneira brilhante a apresentação, com a baixista Carol Mathias dividindo os vocais com Marina. No palco do Lollapalooza, a artista mostrou que ainda é uma das vozes mais relevantes da música brasileira, com uma obra que atravessa gerações.

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