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Girl in Red leva cores LGBTQIA+ para show de guitarra alta no Lollapalooza

Norueguesa fez excelente apresentação no palco Budweiser em sua estreia na edição brasileira do Lolla

Girl in Red em show no palco Budweiser no Lollapalooza Brasil, no autódromo de Interlagos, em São Paulo - 28.mar.2025/Reprodução
Girl in Red em show no palco Budweiser no Lollapalooza Brasil, no autódromo de Interlagos, em São Paulo - 28.mar.2025/Reprodução

Se a norueguesa Aurora é a fadinha do pop, a sua compatriota Marie Ulven Ringheim, mais conhecida como Girl in Red, pode ser considerada a “bruxinha”. Progressista em seus posicionamentos e muito querida na comunidade LGBTQIA+, ela foi uma das atrações do Lollapalooza Brasil nesta sexta-feira (28), no Autódromo de Interlagos, em São Paulo. Com um show simples, sem muitos recursos visuais ou coreografias, a cantora pop conquistou o público com sua atitude punk e relaxada no palco Budweiser.

A natureza ainda fez surgir um belo arco-íris para deixar o clima — que era de chuva minutos antes — ainda mais interessante para o público. No entanto, as condições climáticas causaram um atraso de 40 minutos no início do show.

O repertório mesclou faixas de diferentes momentos da carreira de Girl in Red, desde o seu primeiro single dos tempos de SoundCloud, “I Wanna Be Your Girlfriend” (2016), que encerrou a apresentação, até “Doing It Again Baby”, do álbum I’m Doing It Again (2024), que abriu os trabalhos.

O hit “Bad Idea!”, com um som de guitarra mais pesado, veio em seguida e ajudou a animar a plateia, inclusive aqueles que ouviam a cantora pela primeira vez.

“Vocês estão vendo o arco-íris? Deus é gay, e São Paulo também é”, afirmou antes de tocar o hit “Girls” (2018).

O auge da apresentação veio com “We Fell in Love in October”, o seu maior sucesso, com mais de 1,3 bilhão de reproduções no Spotify, e direito a um belo coro do público. A balada evidencia as influências do indie na sonoridade da artista, que tem apenas 26 anos e demonstra muita personalidade.

Girl in Red não é uma cantora que explora os limites de sua voz nem realiza danças coreografadas. Em um cenário dominado por tendências do TikTok, isso poderia ser visto como um ponto negativo, mas, na verdade, ajuda a solidificar sua carreira e mostra que é possível navegar no mainstream sem fazer grandes concessões.

A pesada e roqueira “You Stupid Bitch” deixou isso claro, antes de “Serotonin” abrilhantar ainda mais o espetáculo. A letra fala justamente sobre serotonina, cuja baixa produção pelo organismo humano pode estar associada à ansiedade. Com tom sarcástico, a música destaca o uso de remédios como forma de amenizar o problema, um tema com o qual jovens de várias idades — e, certamente, os fãs da cantora — se identificam.

No show, essa música, que é um dos maiores sucessos de Girl in Red, soa ainda melhor do que a versão gravada. Ao vivo, ganha organicidade e peso com a presença da banda, criando uma atmosfera mais envolvente para o público. O hit indie “I Wanna Be Your Girlfriend” fechou com chave de ouro a apresentação de 40 minutos. Ela prometeu voltar em breve.

O show no Lollapalooza foi o segundo da norueguesa no Brasil. Na véspera, ela havia se apresentado na Audio, em São Paulo, ao lado dos irlandeses do Inhaler.

Lollapalooza Brasil 2025

Quando: 28, 29 e 30 de março de 2025
Onde: Autódromo de Interlagos (av. Sen. Teotônio Vilela, 261, Interlagos, zona sul, São Paulo, SP)
Quanto: R$ 525 a R$ 1.900
Mais informações: ticketmaster.com.br

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