O Allianz Parque se transformou em uma grande celebração à era de ouro do nu metal na noite deste sábado (20), com a apresentação do Limp Bizkit. O show em São Paulo, que encerrou a turnê “Loserville” pela América Latina, foi marcado por um repertório de clássicos e uma emocionante homenagem ao baixista Sam Rivers.
A noite teve um início solene, com um tributo que se repetiu em todas as datas da turnê desde a morte do membro fundador, em outubro deste ano. Com os integrantes sentados no palco, um vídeo nos telões relembrou a trajetória de Rivers ao som de “Drown”, finalizando com a mensagem “Sam, te amamos para sempre”. O vocalista Fred Durst dedicou a noite ao amigo.
A solenidade deu lugar à energia contagiante logo na primeira música. A banda abriu os trabalhos com seu maior hino, “Break Stuff”, liberando a euforia das 45 mil pessoas presentes. A pista se tornou um caldeirão de pulos e rodas de mosh, onde era possível ver até um Pikachu e um Jesus em meio à intensa agitação.
No comando da festa, Fred Durst, aos 55 anos, assumiu um papel de anfitrião. Longe da imagem controversa do passado, o vocalista conversou com a plateia, agradeceu aos fãs e às bandas de abertura, mostrando uma forte conexão com o público brasileiro.
Um dos momentos que exemplificou essa sintonia foi quando o grupo chamou uma fã chamada Bia ao palco para cantar “Full Nelson”. A performance animada da fã foi um dos pontos altos da interação da banda com seus seguidores.
O evento teve um formato de minifestival, trazendo as bandas 311, Bullet for My Valentine, Ecca Vandal, Riff Raff e Slay Squad. Ao longo da noite, Durst fez questão de chamar os integrantes dos outros grupos ao palco para apresentá-los e agradecê-los.
O repertório foi uma viagem direta ao auge comercial da banda, com trabalhos de 1999 e 2000. Hinos dos álbuns “Significant Other” (1999) e “Chocolate Starfish and the Hot Dog Flavored Water” (2000), como “My Generation”, “My Way” e “Nookie”, mantiveram a intensidade lá no alto. A execução de “Take a Look Around” incluiu o icônico tema do filme “Missão: Impossível 2”.
O bom humor também foi um elemento constante. Antes de tocar o cover de “Faith”, de George Michael, DJ Lethal soltou a introdução de “Careless Whisper”, com Durst incentivando o público a dançar “agarradinho” em um dos respiros da noite.
A construção do setlist foi pensada para alternar momentos de explosão e calma. Faixas como a melódica “Re-Arranged”, também dedicada a Sam Rivers, e o cover de “Behind Blue Eyes”, do The Who, funcionaram como pausas estratégicas.
Para o encerramento, o grupo subiu a aposta. Com as luzes do estádio acesas, o Limp Bizkit tocou “Break Stuff” pela segunda vez, convidando ao palco os integrantes das bandas de abertura para uma grande celebração coletiva.
Antes da capital paulista, a banda passou por países como México, Costa Rica, Colômbia, Peru, Chile e Argentina.
O show marcou o retorno do grupo ao Brasil após a passagem pelo festival Lollapalooza, em 2024, consolidando o bom momento do grupo, que voltou a lotar estádios.
Setlist do Limp Bizkit em SP (20.dez.2025)
- Break Stuff
- Hot Dog
- Show Me What You Got
- My Generation
- Livin’ It Up
- My Way
- Rollin’ (Air Raid Vehicle)
- Re-Arranged
- Behind Blue Eyes (The Who cover)
- Eat You Alive
- Nookie
- Full Nelson (com fã no palco)
- Boiler
- Faith (George Michael cover)
- Take a Look Around
- Break Stuff (com bandas de abertura)
Veja fotos do Limp Bizkit em SP (20.dez.2025)




















