Lenny Kravitz apostou no carisma e uma série de hits, ao lado de uma banda talentosa e coordenada, para agradar os fãs que compareceram ao Allianz Parque, em São Paulo, neste sábado (23). Até o momento, foi o único show do rockstar americano na turnê “Blue Eletric Light” marcado no Brasil, que finalizou um hiato de cinco anos, desde sua última apresentação no país em 2019, no Lollapalooza, também na cidade.
O nome da tour é o mesmo do 12° álbum de inéditas do artista, lançado em maio, com singles como “Paralyzed”, “Human” e “TK421”, três dos escolhidos para figurar no setlist da noite na capital paulista. A tríade esteve em um repertório cheio de hits de uma carreira que teve início em 1989, com faixas de nove de seus discos.
Teve balada romântica, rock mais pesado e gingado sensual de um Lenny com seus óculos escuros já tradicionais, dreads, calças justas e jaquetinha… O início se deu com “Bring It On” e “Minister of Rock ‘n Roll”, pouco depois das 21h10, com alguns minutos de atraso, já que a performance estava indicada para começar às 21h.
A lista contou ainda com sucessos como “It Ain’t Over ’Til It’s Over”, “Again”, “Always on the Run” e “American Woman”, cover da banda Guess Who gravado em 1999 por Lenny e que praticamente se tornou obra de autoria dele. Para fechar o show, vieram “Fly Away” e “Are You Gonna Go My Way?”, antes do bis “Let Love Rule”, em que pela quarta ou quinta vez o rockstar desceu do palco e foi para os braços do público literalmente.
Foi a quinta vez que Lenny Kravitz veio ao país para shows e ele se diz muito identificado. “O Brasil significa muito para mim. Vim aqui há muitos anos e me apaixonei pelo país, pelas pessoas, pela música e a natureza. Eu te amo”, afirmou com um português ao final da fala. O roqueiro ainda se disse que se tornou um “fazendeiro”, em português também, fazendo referência a sua fazenda avaliada em R$ 12 milhões, na região de Duas Barras, cidade no interior do Rio de Janeiro onde nasceu Martinho da Vila.
Agora o astro segue para mais compromissos pela América Latina: Argentina (27 e 28/11, Movistar Arena, Buenos Aires), o Uruguai (1/12, Estádio Centenário, Montevidéu), o Chile (4 e 5/12, Movistar Arena, Santiago), Peru (8/12, Arena 1, em Lima), Colômbia (11/12, Coliseo Medplus, em Bogotá) e México (14/12, no Palacio de los Deportes, na Cidade do México). A tour continua em 2025 já com diversas datas marcadas a partir de fevereiro na Europa.
‘Lenny Kravitz Festival’
Esta vinda ao Brasil, inclusive, foi praticamente um minifestival, já que para a abertura houve uma sequência de pocket shows com Liniker, a inglesa Lianne La Havas e Frejat.
Com hits de mais de 40 anos de estrada, Frejat antecedeu Lenny no palco e inclusive convidou seu filho, Rafael Frejat, para acompanhar na guitarra. O ex integrante do Barão Vermelho entregou canções como “Puro Êxtase”, “Por Você”, “Ideologia”, “Malandragem”, de Cássia Eller, e “Pro Dia Nascer Feliz” para encerrar a apresentação. Ao fim, porém o som foi desligado após o roqueiro brasileiro passar 3 minutos do tempo estipulado, levando a uma confusão com o estafe do artista americano.
O público, porém, seguiu cantando a música com Frejat, gritou seu nome e o aplaudiu, para posteriormente vaiarem os profissionais que entraram no palco para preparar os instrumentos e fazer ajustes.
“Indignado com o desrespeito que sofri ontem no fim do meu shows de abertura da apresentação de Lenny Kravitz no Allianz Parque, em São Paulo”, disse Frejat em post neste domingo (24) nas redes sociais. “Venho agradecer o carinho e apoio do público presente que aplaudiu e cantou em cena aberta a canção que estava sendo tocada, essa que seria a última do meu show. Agradeço também todas as postagens de apoio e indignação pelo ocorrido. Muito obrigado de coração”.
Após esgotar três datas no Espaço Unimed, em São Paulo, Liniker deu uma palinha de seu belo espetáculo da turnê “Caju”. Depois dela, sua amiga inglesa Lianne La Havas levou seu talento talento com violão para o público paulistano.
Fotos de Lenny Kravitz em show da ‘Blue Eletric Light’ em SP