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Lauryn Hill canta com filhos Zion e YG Marley e recebe Wyclef Jean no Chic Show

Estrela americana cantou hits do Fugees e abriu espaço para seus filhos em show no Allianz Parque

Por Amon Borges
14.jul.2024 às 5h03

Atualizado em: 16.jul.2024 às 16h30

Lauryn Hill fez neste sábado (13), em São Paulo, um dos shows mais aguardados do ano no país. A americana subiu ao palco do Allianz Parque com a missão de encerrar o festival Chic Show – 50 Anos de Black Music, que celebra cinco décadas do baile com as primeiras edições na década de 1970. Em pouco mais de duas horas de espetáculo, a cantora ícone do rap e do R&B entregou sucessos de sua carreira solo, abriu espaço seus filhos Zion e YG Marley, além de receber Wyclef Jean, um de seus antigos companheiros do trio Fugees.

Após introdução da banda poucos minutos depois das 21h30, Lauryn Hill entrou em cena para entoar uma sequência de faixas de “The Miseducation Of Lauryn Hill”, álbum solo lançado em 1998. “Everything Is Everything”, “Superstar”, “Final Hour” e “Ex-Factor”, que seria repetida mais adiante na noite, entre elas.

Lauryn Hill (esq.) e filho YG Marley no palco do festival Chic Show - 50 Anos de Black Music, no Allianz Parque, em São Paulo | Stephan Solon - 13.jul.2024/Divulgação — Lauryn Hill (esq.) e filho YG Marley no palco do festival Chic Show – 50 Anos de Black Music, no Allianz Parque, em São Paulo | Stephan Solon – 13.jul.2024/Divulgação

Depois de cantar “To Zion”, dedicada ao herdeiro nascido um ano antes do disco solo, recebeu o rapaz de 26 anos no palco com um abraço e abriu caminho para ele apresentar seu novo single “Best of Me”. Já seu irmão YG Marley, quatro anos mais novo, cantou meia dúzia de músicas, como “Zimbabwe”, do avô Bob Marley, e “Praise Jah in the Moonlight”, seu grande hit lançado no ano passado.

Já com Wyclef Jean, Lauryn Hill repassou alguns dos êxitos do Fugees, que estourou no ínicio dos anos 1990 e contava ainda com o rapper Pras Michel. “How Many Mics”, “Manifest”, “Killing Me Softly with His Song” e a agitada “Fu-Gee-La”, para encerrar a apresentação.

O performático Wyclef Jean fez ainda uma versão de “No Woman, No Cry”, do rei do reggae, e foi para o meio do público enquanto cantava “Hips Don`t Lie”, hit de Shakira do qual ele faz parte com alguns trechos.

A programação do dia contou também com Mano Brown acompanhado de sua banda Boogie Naipe, no clima do baile black. O rapper veio na estica, com um terno estiloso com estampa xadrez, para cantar ao lado de Lino Krizz canções para balançar o corpo, como “Dance, Dance, Dance”, Gangsta Boogie” e “Louis Lane”, faixas de seu disco solo “Boogie Naipe” (2016). Tanto é que, além de Brown mostrar um swing, em diversos momentos dançarinos entravam em cena para seguir as canções.

Mano Brown com banda Boogie Naipe no palco do festival Chic Show - 50 Anos de Black Music, no Allianz Parque, em São Paulo | Stephan Solon - 13.jul.2024/Divulgação — Mano Brown com banda Boogie Naipe no palco do festival Chic Show – 50 Anos de Black Music, no Allianz Parque, em São Paulo | Stephan Solon – 13.jul.2024/Divulgação

Mano Brown, porém, não deixou de incluir Racionais MC’s no repertório e ainda recebeu mais dois deles. Ice Blue e Edi Rock apareceram para cantar “Fórmula Mágica da Paz”. Para o grupo ficar completo só faltou KL Jay, mas o DJ não pôde comparecer pois também tinha show solo em Belo Horizonte.

O festival no Allianz Parque começou cedo, com Sandra de Sá abrindo os trabalhos. Na sequência veio Rael, Criolo e o americano Jimmy “Bo” Horne. Nos intervalos dos shows, DJ`s animaram o público.

A festa Chic Show teve início nos anos 1970, com grandes eventos na sede do Palmeiras, e é considerada como um dos principais movimentos da noite paulistana, pois lançou artistas e apresentou tendências, tornando-se uma grande celebração da cultura negra e periférica. Por lá, passaram nomes como Tim Maia, Djavan, Gilberto Gil, Jorge Ben Jor e artistas internacionais como James Brown, Zapp, Betty Wright, entre outros.

Homens e mulheres se produziam com seu melhor look, seus melhores cortes de cabelo fazendo com que o evento fosse conhecido como o “tapete vermelho da black music”, em referência a grandes cerimônias como o Oscar.