Uma noite especial na Audio, em São Paulo, nesta quarta-feira (1º), marcou mais um passo na produção da cinebiografia sobre Chorão (1970-2013). O ator José Loreto, caracterizado como o vocalista do Charlie Brown Jr., subiu ao palco ao lado de uma banda para gravar cenas de um show ao vivo, interpretando os principais sucessos do grupo para o filme “Se Não Eu, Quem Vai Fazer Você Feliz?”.
O evento, que teve ingressos esgotados, foi convocado pelo próprio Loreto em suas redes sociais, convidando os fãs da banda a participarem como plateia para as filmagens. O ator mostrou a energia e os trejeitos de Chorão, enquanto mandava as canções.
O filme é baseado no livro homônimo escrito por Graziela Gonçalves, ex-esposa de Chorão. A trama deve acompanhar a trajetória de Alexandre Magno Abrão, nome de batismo do cantor, desde o início de sua carreira musical até sua ascensão como um dos maiores ícones do rock brasileiro, abordando também sua relação com os colegas de banda e com Graziela.
O projeto é comandado pela mesma dupla responsável pelo aclamado documentário “Chorão: Marginal Alado” (2019), o diretor Hugo Prata e o produtor Felipe Novaes, com roteiro de Duda Almeida. A estreia do longa nos cinemas brasileiros está prevista para 29 de janeiro de 2026.
Após as gravações com José Loreto e a plateia, a noite na Audio continuou com uma apresentação da banda DZ6, conhecida por seus tributos ao Charlie Brown Jr., mantendo a energia e celebrando o legado do grupo santista.
Nascido em Tremembé (SP), Chorão se mudou para Santos nos anos 1980, onde o skate, uma de suas grandes paixões, e a música se cruzaram. Foi na cidade litorânea que o Charlie Brown Jr. foi formado em 1992, ao lado de Champignon, Marcão Britto, Thiago Castanho e Renato Pelado.
Ao longo de sua carreira, a banda lançou dez álbuns de estúdio e se tornou uma das mais influentes do país, embalando gerações com hinos que misturavam rock, hardcore, skate punk e rap, como “Céu Azul”, “Só os Loucos Sabem”, “Ela Vai Voltar” e “Pontes Indestrutíveis”.
Chorão morreu no dia 6 de março de 2013, em São Paulo. O laudo necroscópico da época apontou overdose de cocaína como a causa da morte. Sua partida precoce deixou uma lacuna na música brasileira, mas seu legado continua a influenciar novos artistas e a emocionar milhões de fãs.