A noite de sábado (15) em Salvador foi palco de um evento memorável: a estreia da turnê “Tempo Rei” de Gilberto Gil. Longe de ser um adeus melancólico, a apresentação se transformou em uma celebração vibrante da trajetória do cantor, que se despede das grandes turnês, mas não do palco.
A noite se abriu com “Palco”, canção de 1980 que marcou um ponto de virada na carreira do artista. Vestindo uma camisa vermelha com estampas tropicais, ele declarou: “Uma despedida dos grandes espetáculos, que já venho fazendo há mais de 60 anos. Estarmos aqui juntos é o sentido profundo de ter me dedicado, nós termos nos dedicado, a essa longa carreira”.
O repertório, com 2h30 de duração, foi uma jornada cronológica pela vasta obra de Gilberto Gil, com clássicos como “Tempo Rei”, “Eu Vim da Bahia”, “Domingo no Parque”, “Cálice” e “Aquele Abraço” se revezando com canções menos óbvias.
A interpretação de “Cálice”, com um vídeo de Chico Buarque e imagens da ditadura militar, foi um dos momentos mais impactantes da noite, assim como a homenagem a Gal Costa. As participações especiais de Russo Passapusso e Margareth Menezes também abrilhantaram a apresentação.
A produção do show foi grandiosa, com fogos de artifício, efeitos visuais e um telão de LED de alta definição. O artista, conhecido por sua capacidade de absorver e ressignificar influências musicais, mostrou que sua obra permanece relevante.
A turnê passará por 10 cidades, com 18 shows agendados, incluindo Rio de Janeiro (30/3, 5 e 6/4, 31/5 e 1/6), São Paulo (11, 12, 25 e 26/4), Brasília (7/6), Belo Horizonte (14/6), Curitiba (5/7), Belém (9/8), Porto Alegre (6/9), Fortaleza (15/11) e Recife (22/11), com entradas à venda em diversas praças no site da Eventim. A despedida dos grandes palcos é um marco na história da música brasileira, e seus shows são uma oportunidade única de celebrar a trajetória de um artista que transcende gerações.
Fotos da estreia da turnê ‘Tempo Rei’, de Gilberto Gil, em Salvador






