Nove anos após anunciar uma pausa nas atividades, o Forfun está de volta aos palcos do país com a turnê “Nós”, em cartaz desde julho. E nesta sexta-feira (9) a banda carioca se apresenta em São Paulo, com a expectativa de que 45 mil pessoas compareçam ao Allianz Parque, para o evento com ingressos já esgotados.
A última passagem do grupo formado por Danilo Cutrim (vocal e guitarra), Vitor Isensee (teclas, guitarra e vocal), Nicolas Fassano (bateria) e Rodrigo Costa (baixo e vocal) pela capital paulista foi no antigo Tom Brasil (atual Tokio Marine Hall), na zona sul, nos dias 31 de outubro e 1° de novembro de 2015.
Antes da separação, o quarteto lançou cinco álbuns de estúdio: “Das Pistas de Skate as Pistas de Dança” (2003), “Teoria Dinâmica Gastativa”, (2005), “Polisenso” (2008), “Alegria Compartilhada” (2011) e “Nú” (2014). Uma discografia que passeia pelo punk-pop de New Found Glory e Blink-182, nos dois primeiros álbuns, e migra nos discos seguintes para um reggae com referências de Sublime e 311.
Algumas das músicas mais conhecidas lançadas pelo quarteto são “História de Verão”, “Hidropônica”, “Good Trip”, “Sol ou Chuva” e “Morada”, que tiveram algum destaque na programação da antiga MTV Brasil, mas nunca o alcance comercial de outros grupos como NX Zero e Fresno, que faziam parte da mesma cena de punk, hardcore e emo e emplacaram hits radiofônicos em meados dos anos 2000.
“Talvez a gente não tenha sido tão abraçado pelo mainstream, TV e rádio, mas a gente foi muito abraçado pelo público. A galera viu que era uma coisa sincera. A gente saiu do punk e hardcore, para tocar reggae, música latina, misturando um monte de coisa no nosso caldeirão. Acho que isso ajudou o público a entender que era coisa real que a gente estava fazendo”, afirma Vitor Isensee em entrevista ao humorista Diogo Defante.
A banda chegou ao fim em 2015 depois de uma longa turnê de despedida por várias cidades do país. Entre as razões para a separação, problemas de relacionamento e de pontos de vista político que se tornaram praticamente públicos quando três (Danilo, Vitor e Nicolas) dos quatro integrantes formaram o Braza em 2016.
“Me dói muito quando eu vejo os fãs na internet colocando a culpa do fim do Forfun no Rodrigo. A culpa é do processo. É de tudo que aconteceu. Eu tava compondo sozinho, o Danilo também, o Rodrigo também tava com projeto solo. Mais cedo ou mais tarde, isso ia acontecer. Para além da política, para além do convívio”, diz Isensee.
Além do Forfun, o Allianz Parque também vai receber os shows de abertura dos paulistanos do Rancore, às 18h55, e dos cariocas do Menores Atos, às 17h55. Os portões do estádio abrem às 16h e o Forfun sobe ao palco 20h15 para um show de mais de duas horas de duração.
A turnê “Nós” começou em Florianópolis, em 5 de julho, depois passou por Brasília, Vitória, Belo Horizonte, Salvador, Recife e Fortaleza, antes de desembarcar em São Paulo. Depois da capital paulista, o giro segue para Curitiba (16/8), Santos (17/8), Rio de Janeiro, com 3 datas sold out na Marina da Glória (23, 24 e 25 de agosto).
Em novembro, tem mais um show marcado em Porto Alegre (8/11) e a turnê chega ao fim com show no estádio Nilton Santos, no Rio. Mais informações sobre ingressos podem ser consultadas no site da Eventim.
Forfun em São Paulo – ‘Turnê “Nós’
Quando: 9 de agosto
Onde: Allianz Parque (av. Franscisco Matarazzo, 1.705, Água Branca, São Paulo, SP)
Quanto: Esgotado
Mais informações: eventim.com.br