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Festival Imune reúne Leci Brandão, Sandra Sá, Sued Nunes e Dexter em BH

Sexta edição do evento na capital mineira tem programação até sábado (16) e agenda de shows no BeFly Hall, na capital mineira

Leci Brandão em show no Nômade Festival, no parque Villa-Lobos, em São Paulo | Rafael Strabelli - 25.mai.2024/Divulgação
Leci Brandão em show no Nômade Festival, no parque Villa-Lobos, em São Paulo | Rafael Strabelli - 25.mai.2024/Divulgação

A sexta edição do festival Imune (Instante da Música Negra) tem programação em Belo Horizonte desta quarta (14) até o sábado (16), com shows, debates, oficinas, rodadas de negócios e palestras. Nesta sexta-feira (15), a agenda musical toma conta do BeFly Hall com nomes como Leci Brandão, homenageada deste ano, Sandra Sá ao lado de Dexter e Sued Nunes, além de Bia Nogueira com Cleópatra, Raphael Sales e Maíra Baldaia, entre outros artistas, ressaltando a potência do trabalho de pessoas negras, indígenas, periféricas e LGBTQIA+.

Para a noite especial que mescla o samba carioca e ancestral ao soul com pegada quente de black music os ingressos têm preços que variam de R$ 10 a R$ 40 e estão disponíveis no site da Sympla. No evento, juntos aos nomes veteranos, juntam-se ainda MC Xenon, representante do funk mineiro e dono do sucesso “Sem Aliança no Dedo”, e SD9, rapper da nova geração.

Com o tema “Solidariedade na Música como Estratégia para Adiar o Fim do Mundo”, o roteiro voltado para o mercado da música, fora dos shows, é grátis e com acessibilidade em Libras, destaca a organização.

Sandra de Sá no palco do festival Chic Show - 50 Anos de Black Music, no Allianz Parque, em São Paulo | Stephan Solon - 13.jul.2024/Divulgação
Sandra de Sá no palco do festival Chic Show – 50 Anos de Black Music, no Allianz Parque, em São Paulo | Stephan Solon – 13.jul.2024/Divulgação

Entre as palestras, o público assiste a falas da socióloga indígena Avelin Kambiuá (MG) e da artista indígena Brisa Flow (MG), que abordam o modo de vida dos povos originários e de comunidades tradicionais. “São as vozes que a gente precisa reconhecer como detentoras de uma sabedoria profunda, porque são pessoas que conseguiram existir no mundo sem destruir, sem inviabilizar a vida na terra, pelo contrário. É uma perspectiva integrada, de vida integrada com a natureza, de se ver como natureza. Como plataforma de música e de política, a gente tinha que trazer essa discussão”, diz a organizadora do evento, a artista Bia Nogueira.

De acordo com ela, é preciso pensar a produção da música hoje como uma plataforma solidária e sustentável. “Diante de tantas questões, não tem mais como negar a urgência climática, nem negar para onde o capitalismo, predatório e excludente, nos levou. E, nesse sentido, precisamos nos guiar pela sabedoria dos povos originários. Como plataforma de música, também somos um espaço para reflexão, para pensar soluções alternativas, solidárias e afetivas para o ecossistema da música”, diz.

Diante da crise econômica no país, Bia Nogueira aponta que realizar um festival hoje se tornou algo caro, “mas pode ser sustentável se agir de forma circular”, comenta. A artista explica que, desde a primeira edição, e, sobretudo agora, o Imune enfrenta dificuldades com relação à logística e estrutura.

“Com o alto preço das passagens aéreas, inviabiliza trazer muitos artistas. Mas, ao mesmo tempo, esses desafios nos exigem criatividade e flexibilidade. Por exemplo, nesta edição vamos seguir no modo híbrido, nas rodadas de negócio, com pitches online e presenciais. Vários artistas também estão vindo de ônibus. Isso é ser resiliente. Eu vejo que a gente está conseguindo pensar em uma forma circular da música, provando que a cultura brasileira não se deixa abater pelos obstáculos. Colocar esse festival no mundo é uma prova de que a cultura nos ancora”, afirma.

O Imune realizou sua primeira edição em 2018 e ao longo dos eventos seguintes em 2020, 2021, 2022 e 2023 a representatividade negra esteve presente nos palcos, bastidores, plateias, redes sociais e meios de comunicação. Chico César, Elza Soares, Djonga e Karol Conká são alguns dos artistas que já subiram ao palco do festival.

“O Imune é esse lugar de combate ao racismo que ultrapassa a questão das ‘cotas’ e que nos mostra a necessidade urgente de mudança na mentalidade dos responsáveis pelos grandes festivais”, afirma Bia. “Temos um projeto consistente, de continuidade, que permite aos artistas negros se envolverem em questões relacionadas aos negócios na área da música, aprendendo, se fortalecendo e abrindo cada vez mais espaços e frentes de trabalho”.

Programação festival Imune 2024

QUINTA (14)

14h às 18h30 – PROGRAMAÇÃO SEMPRE
Local: MUMO (Museu da Moda) – R. da Bahia, 1149 – Centro
Entrada gratuita

Abertura sagrada
Palestra: O Bem Viver com Avelin Buniacá Kambiwá
Abertura Institucional com Patrocinadores e parceiros

CICLO 1
Palestra: Brisa Flow
Mesa: Música Urbana em Ascensão: Desafios e Potências (Brisa Flow (artista/Sabará/SP), Maria Laura Tergilene e João Akerman (ONErpm, Festival Novos Encontros/BH) – Mediador: Roger Deff (rapper, jornalista e pesquisador/BH)

CICLO 2
Palestra: Aquilombamentos Culturais com Fatini Forbeck
Mesa de debate: Driblando a Crise: Estratégias e Novos Caminhos para a Música Independente (Deh Muss – Festival Sonora/BH, Fatini Forbeck – Produtora e empresária/BH, Octávio Cardozzo – Agência Peleja Lab/BH, Barral Lima -Festival Marte e UN Music/BH e Victor Diniz – Festival Sensacional/BH – Mediadora: Dani Jacó – Afropunk/Salvador)

20h às 1h
Local: Afro Galpão (Av. Dom Pedro II, 2.725, Alto Caiçaras)
retIrada gratuita – pelo Sympla

DJ Roxie
Showcases de artistas selecionados
Mascucetas
DJ SCAR

SEXTA (15)

14h às 15h30
Local: Mumo (Museu da Moda – r. da Bahia, 1.149, centro)
Gratuito com retirada no Sympla

Palestra: Trajetórias periféricas com Colé Markin
Palestra: Trajetórias periféricas com MAC Júlia

20h às 3h
Local: BeFly Hall (av. Nossa Sra. do Carmo, 230, Savassi)
Ingressos no site da Sympla: R$ 10 a R$ 40

Leci Brandão
Sandra Sá convida Dexter e Sued Nunes
Bia Nogueira convida Cleópatra, Raphael Sales & Maíra Baldaia
SD9
MC Xenon
DJ Ahi
DJ Camis

SÁBADO (16)

19h30 às 1h00
Local: AFRO GALPÃO (Av. Dom Pedro II, 2.725, Alto Caiçaras)
Ingressos no site da Sympla: R$ 10 a R$ 20

Mac Julia
Oderiê y as Flechas
Raphael Sales
Cleópatra
DJ Princesinha da Paz
Diniboy (Brasil Grime Show)

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