De Honório Gurgel, na zona norte do Rio de Janeiro, para o mundo. Anitta inicia neste sábado (18), na Cidade do México, capital mexicana, um giro por 13 países da América do Norte, do Sul e da Europa, com 22 shows programados até 8 de julho, quando a “Baile Funk Experience” chega ao fim com em Ibiza, na Espanha.
O DJ e produtor Pedro Sampaio se junta à turnê da cantora como atração de abertura em cinco datas em Los Angeles e Miami Beach, nos Estados Unidos, Berlim, na Alemanha, além das cidades espanholas de Madri e Barcelona. Sampaio já havia anunciado oito apresentações solo em outras cidades europeias, incluindo uma no Rock in Rio Lisboa.
“Anitta vem inserindo o funk no cenário mundial. Poder contribuir, levando um pouco mais da nossa cultura, do nosso ritmo, para outros países é muito mágico”, comemora o artista.
A cantora carioca lançou em 26 de abril o ambicioso álbum “Funk Generation”, fruto da parceria com produtores de diferentes vertentes do funk brasileiro –Sampaio entre eles–, em conjunto com renomados produtores estrangeiros do pop internacional, que serve de referência para a primeira turnê internacional de Anitta.
Os ingressos para o pontapé inicial, na Cidade do México, ainda estão à venda por R$ 400. O show na capital mexicana, no Salón Los Ángeles, será o único no país.
A agenda continua nos Estados Unidos com apresentações em Los Angeles (21/5), Miami Beach (22/5), Orlando (26/5), Boston (28/5), dá um pulo em Toronto (29/5), no Canadá, e volta aos EUA para uma apresentação em Chicago (1/6) e duas em Nova York (2 e 3/6).
Depois, desce para a América do Sul para shows nas capitais Bogotá (7/6), na Colômbia, Lima (9/6), no Peru, Santiago (14/6), no Chile, e Buenos Aires (16/6), na Argentina, antes de seguir para mais nove apresentações na Europa. Além da Espanha, onde faz quatro shows, ela passa pela Alemanha, Holanda, Reino Unido, França e Itália. Os shows em Londres e Milão estão esgotados.
E O BRASIL?
Sem previsão de vir ao Brasil com a nova turnê, Anitta afirmou no dia do lançamento de “Funk Generation” que a necessidade dos shows serem maiores no país do que no exterior prejudica a logística da produção.
“A gente está pensando em como fazer isso acontecer [os shows no Brasil]. Uma coisa é fazer shows pequenos, como estamos fazendo em outros países. Esse evento maior requer tempo e estrutura, e a galera não está muito a fim de pagar para ir em eventos desse tipo”, declarou a cantora.
A fala gerou polêmica à época, mas os recentes cancelamentos das turnês de Ivete Sangalo e Ludmilla mostram que a empresária Anitta, responsável pela gestão da própria carreira, tinha seu ponto sobre o momento do show business brasileiro.
Desde 2016, a artista brasileira tem se arriscado no mercado internacional. Músicas como “Sí o No”, “Paradinha”, “Is That For Me”, com o DJ sueco Alesso, e “Downtown”, parceria com o colombiano J Balvin, de 2017, que ultrapassa os 660 milhões de plays no Spotify, ajudaram Anitta a ganhar fama em países latinos.
Ao longo dos anos, outros hits como “Indecente”, “Medicina”, “Vai, Malandra”, “Veneno”, todas com mais de 100 milhões de plays no Spotify, também foram fundamentais na construção da carreira internacional de Anitta. O mesmo pode-se dizer das participações dela em, “Bola Rebola”, do Tropkillaz, em parceria com J Balvin, e “R.I.P”, da mexicana Sofía Reyes com a britânica Rita Ora, em 2019.
Três anos depois, em 2022, o auge no exterior veio com a viralização de “Envolver”, um dos singles do disco “Versions of Me”, lançado no mesmo ano, que colocou a carioca no topo da parada global do Spotify. Foi a primeira vez que uma artista latina conseguiu tal feito. Em abril daquele ano, ela ainda se apresentou no badalado festival Coachella, em Indio, na Califórnia.
De lá pra cá, Anitta seguiu com foco no mercado internacional. Voltou ao festival californiano, em abril deste ano, para uma participação pra lá de “caliente” no show do mexicano Peso Pluma, durante o hit “Bellakeo”, lançado em parceria pelos dois em dezembro do ano passado e soma mais de 300 milhões de plays no Spotify.
No novo álbum, “Funk Generation”, ela decidiu que era hora de dar ênfase às suas raízes no funk carioca dos anos 2000. Foram em eventos da tradicional gravadora e produtora Furacão 2000, em Duque de Caxias, na baixada fluminense, que Larissa de Macedo Machado deu os primeiros passos da carreira, ainda como MC Anitta, em 2010. Anos antes, ela era frequentadora dos bailes.
As duas primeiras músicas do novo disco, “Lose Ya Breath” e “Grip”, evidenciam as nostálgicas referências e deixam claro o principal objetivo de Anitta com o trabalho: tornar o funk brasileiro comercialmente viável em níveis internacionais, assim como ocorreu com o reggaeton, também presente em “Funk Generation”.
Outras faixas como o interlúdio “Savage Funk”, emendada no hit “Joga Pra Lua”, com mais de 60 milhões de plays, “Cria de Favela” e “Puta Cara” são outros exemplos da estética funkeira que devem transbordar do álbum para os shows da “Baile Funk Experience”, ao longo de quase dois meses de turnê.
FOTOS DE CANDOMBLÉ E A PERDA DE SEGUIDORES
Na terça-feira (14), Anitta lançou o clipe de “Aceita”, com boa parte das imagens gravadas em um terreiro de candomblé, em Magé, na região metropolitana do Rio de Janeiro.
“Na tradição do candomblé, eu sou filha de Logun Edé, que é um orixá mega complexo. Sensível e bravo, inteligente e esperto, carinhoso e pragmático. Essa música traduz essas características”, explica a cantora praticante da religião, em comunicado de imprensa.
Na véspera do lançamento, a artista carioca postou algumas fotos do novo clipe, o que fez ela perder mais de 170 mil seguidores em menos de 24 horas, no Instagram, segundo dados da plataforma Chartmetric.
“Eu ainda fico um pouco assustada com a falta de evolução do ser humano. Nos dias de hoje, ainda há um retrocesso tão grande nesse sentido de aceitar, entender, respeitar os caminhos das pessoas”, afirmou a cantora em postagem.
“Eu sou fã de todas as religiões. Eu acho que todas têm a sua mensagem. No final, na minha cabeça, todas são uma coisa só: te levam para o mesmo caminho se você segue pelas razões corretas”, concluiu.
A perda de seguidores já havia acontecido depois do show histórico de Madonna, em 4 de maio, na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro. Ao lado da rainha do pop, Anitta participou da apresentação em “Vogue”, com cenas de simulação de sexo oral junto com os dançarinos de sua anfitriã.
Entre o dia do show e a última segunda-feira (13), ela perdeu pouco mais de 56 mil seguidores na rede social. Anitta tem atualmente 64,9 milhões de seguidores no Instagram, o que a coloca na 45ª posição entre cantores e bandas mais populares da rede social no mundo, segundo o Chartmetric.
Por outro lado, a plataforma de dados musicais mostra que, desde o lançamento de “Funk Generation”, em 26 de abril, 615 mil novos ouvintes mensais no Spotify passaram a ouvir Anitta, que agora conta com 31,3 milhões de ouvintes mensais. Ela também teve quase 40 mil novos seguidores na plataforma. Agora, são 12,4 milhões.
Turnê ‘Baile Funk Experience’
CIDADE DO MÉXICO
Quando: 18 de maio
Onde: Salón Los Ángeles (Lerdo 206, Guerrero, Cidade do México, México)
Quanto: 1300 pesos mexicanos (R$ 400)
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LOS ANGELES*
Quando: 21 de maio
Onde: The Wiltern (3790 Wilshire Blvd, Los Angeles, Estados Unidos)
Quanto: US$ 84 a US$ 524 (R$ 430 a R$ 2.680)
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MIAMI BEACH*
Quando: 23 de maio
Onde: The Fillmore (1700 Washington Ave, Miami Beach, Estados Unidos)
Quanto: US$ 96 a US$ 227 (R$ 490 a R$ 1.160)
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ORLANDO
Quando: 26 de maio
Onde: Hard Rock Live (6050 Universal Blvd, Orlando, Estados Unidos)
Quanto: US$ 47 a US$ 147 (R$ 240 a R$ 750)
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BOSTON
Quando: 28 de maio
Onde: MGM Music Hall (Fenway Park, Boston, Estados Unidos)
Quanto: US$ 55 a US$ 197 (R$ 280 a R$ 1.010)
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TORONTO
Quando: 29 de maio
Onde: History (1663 Queen St E, Toronto, Canadá)
Quanto: C$ 122 a C$ 586 (R$ 460 a R$ 2.200)
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CHICAGO
Quando: 1 de junho
Onde: Byline Bank Aragon Ballroom (1106 W Lawrence Ave, Chicago, Estados Unidos)
Quanto: US$ 55 a US$ 130 (R$ 280 a R$ 665)
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NOVA YORK
Quando: 2 de junho
Onde: Brooklyn Paramount (385 Flatbush Ave Ext, Nova York, Estados Unidos)
Quanto: US$ 70 a US$ 127 (R$ 360 a R$ 650)
Mais informações: livenation.com
NOVA YORK
Quando: 3 de junho
Onde: Brooklyn Paramount (385 Flatbush Ave Ext, Nova York, Estados Unidos)
Quanto: US$ 70 a US$ 127 (R$ 360 a R$ 650)
Mais informações: livenation.com
BOGOTÁ
Quando: 7 de junho
Onde: Lourdes Music Hall (cra 13 # 64 a- 56, Bogotá, Colômbia)
Quanto: 149 mil pesos colombianos (R$ 200)
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LIMA
Quando: 9 de junho
Onde: Centro de Convenciones Barranco (av. República de Panamá 220, Lima, Perú)
Quanto: 635 a 2310 soles (R$ 870 a R$ 3.165)
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SANTIAGO
Quando: 14 de junho
Onde: Basel (av. Independencia 565, Santiago, Chile), 565
Quanto: R$ 215 a R$ 1.625
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BUENOS AIRES
Quando: 16 de junho
Onde: Teatro Vorterix (Federico Lacroze 3455, Buenos Aires, Argentina)
Quanto: 60 mil a 310 mil pesos argentinos (R$ 345 a R$ 1.795)
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BERLIM*
Quando: 25 de junho
Onde: Metropol (Nollendorfpl. 5, Berlim, Alemanha)
Quanto: 46 a 90 euros (R$ 260 a R$ 500)
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AMSTERDÃ
Quando: 26 de junho
Onde: Melkweg (Lijnbaansgracht 234A, Amsterdam, Holanda)
Quanto: 48 a 253 euros (R$ 265 a R$ 1405)
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LONDRES
Quando: 28 de junho
Onde: O2 Forum (9-17 Highgate Rd, Londres, Reino Unido)
Quanto: Ingressos esgotados
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PARIS
Quando: 29 de junho
Onde: Élysée Montmartre (72 Blvd Marguerite de Rochechouart, Paris, França)
Quanto: 132 euros (R$ 735)
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IBIZA
Quando: 1 de julho
Onde: Pacha (av. 8 d’Agost, Ibiza, Espanha)
Quanto: 70 euros (R$ 390)
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MADRI*
Quando: 3 de julho
Onde: La Riviera (P.º Bajo de la Virgen del Puerto, S/N, Madri, Espanha)
Quanto: 63 a 125 euros (R$ 350 a R$ 695)
Mais informações: livenation.com
BARCELONA*
Quando: 4 de julho
Onde: Razzmatazz (C/ dels Almogàvers, 122, Barcelona, Espanha)
Quanto: 63 a 125 euros (R$ 350 a R$ 695)
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MILÃO
Quando: 7 de julho
Onde: Fabrique (Via Gaudenzio Fantoli, 9, Milão, Itália)
Quanto: Ingresso esgotados
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IBIZA
Quando: 8 de julho
Onde: Pacha (av. 8 d’Agost, Ibiza, Espanha)
Quanto: 70 euros (R$ 390)
Mais informações: pacha.com
*Pedro Sampaio atração de abertura