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Alok fala sobre DJ Gilberto Gil, IA e parceria em show: ‘Arte humana feita com alma’

Ícone da MPB tocou ‘Tempo Rei’ e brincou nas picapes em apresentação do artista no Pacaembu

Gilberto Gil (esq.) e Alok em show "Keep Art Human", da Aurea Tour, na Mercado Livre Arena Pacaembu, em São Paulo | 28.jun.2025/Divulgação
Gilberto Gil (esq.) e Alok em show "Keep Art Human", da "Aurea Tour", na Mercado Livre Arena Pacaembu, em São Paulo | 28.jun.2025/Divulgação

Um dos momentos mais emblemáticos do show “Keep Art Human” de Alok, neste sábado (28), na Mercado Livre Arena Pacaembu, foi a participação especial de Gilberto Gil. O ícone da MPB não apenas subiu ao palco para tocar “Tempo Rei” ao violão, como também surpreendeu ao assumir as picapes para brincar de DJ, enquanto um remix de “Palco” ecoava pelos alto-falantes, para forte reação do público.

O encontro serviu como uma prévia do EP de remixes de clássicos de Gil que será lançado em julho, com a assinatura sonora de Alok. Em entrevista exclusiva ao Portal Lineup, o DJ revelou que a interação de Gil foi espontânea. “Ele que viu o deck lá e falou ‘posso fazer?’. Eu nem esperava aquilo”, contou. “A gente traz uma conexão que é exatamente com respeito ao Gil como patrimônio cultural diante deste avanço da tecnologia fazendo músicas genéricas. É essa dualidade entre a questão da inteligência artificial e o que é uma arte humana, feita com alma”.

O show “Keep Art Human”, parte da “Aurea Tour” de Alok, é uma versão expandida da aclamada performance que ele levou ao festival Coachella. Dividido em cinco atos, o espetáculo foi uma imersão sensorial, com a cabine do DJ ladeada por duas mãos prateadas gigantes e um bombardeio visual de LEDs, lasers e 600 drones.

Durante a apresentação, os drones formaram desenhos gigantes sobre o estádio, incluindo um coração pulsante e as frases “Keep Art Human” (mantenha a arte humana) e “Art needs soul” (arte precisa de alma). O conceito do show é justamente questionar o papel da inteligência artificial na criação artística.

“Para fazer arte, a gente tem algo que a inteligência artificial não tem, que é a alma”, afirmou Alok em entrevista coletiva. “A arte não é só para confortar, a arte também é para confrontar, para fazer a gente refletir e mover a cultura para frente”.

O EP colaborativo com Gilberto Gil trará releituras de “Toda Menina Baiana” e “Maracatu Atômico”, e contará com a participação de outros nomes da cena eletrônica, como Mochakk, Maz e Watzgood, a convite de Alok.

A noite no Pacaembu teve outras participações no palco. Zeeba, voz do hit global “Hear Me Now”, cantou a inédita “Dive into the Ocean”. O grupo de músicos indígenas The Future Is Ancestral também se apresentou, interpretando material do último álbum do DJ.

O repertório de Alok passeou por diversas referências, com trechos de músicas de Tame Impala, Darude, Prodigy, Robin S, Beastie Boys, Benny Benassi e até System of a Down. A parte visual do show também foi marcada pela performance do grupo de dança italiano Urban Theory.

A turnê “Keep Art Human” já tem datas confirmadas na Romênia e em Malta. Questionado sobre parcerias dos sonhos, Alok revelou ao Portal Lineup que gostaria de colaborar com o Coldplay. “O Coldplay inspirou muito eu, o Bruno Martini e o Zeeba a fazer ‘Hear Me Now’ e outras músicas”.

Antes de Alok, a noite no Pacaembu teve sets dos DJs Soulfie b2b Ric Rulie, Felguk b2b Subb e Bhaskar (irmão de Alok), além de um show completo de Matuê, um dos maiores nomes do trap nacional.

 

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