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Com shows de Simple Plan e NX Zero, I Wanna Be Tour resgata emo para 50 mil fãs

Primeira edição do festival na capital paulista ocupou o Allianz Parque e reuniu 12 atrações

Vocalista Pierre Bouvier em show do Simple Plan durante a I Wanna Be Tour, no Allianz Parque, em São Paulo | 2.mar.2024/Flashbang/Divulgação

Vocalista Pierre Bouvier em show do Simple Plan durante a I Wanna Be Tour, no Allianz Parque, em São Paulo | 2.mar.2024/Flashbang/Divulgação

O principal evento emo do ano no Brasil teve início neste sábado (2), no Allianz Parque, estádio na zona oeste de São Paulo. As 50 mil pessoas, segundo a organização, que foram ao primeiro dos cinco dias de shows da I Wanna Be Tour pareceram satisfeitas e com a alma inundada de nostalgia, já que o festival presta homenagem ao emo dos anos 2000.

Ao todo, são cinco eventos da I Wanna Be Tour no Brasil, sendo que dois já ocorreram: São Paulo (2/3, no Allianz Parque), Curitiba (3/3, no estádio Couto Pereira), Recife (6/3, na área externa do Centro de Convenções Pernambuco), Rio de Janeiro (9/3, no Riocentro) e Belo Horizonte (10/3, na Arena Independência).

As 12 bandas escaladas, entre elas Simple Plan, A Day to Remember, The Used, Fresno, NX Zero e Pitty, se revezaram nos dois palcos instalados lado a lado e foram batizados com os sugestivos nomes It’s Not a Phase e It’s a Lifestyle, que traduzidos significam “Não é uma fase” e “É um estilo de vida”.

Vocalista Lucas Silveira em show do Fresno durante a I Wanna Be Tour, no Allianz Parque, em São Paulo | 2.mar.2024/Flashbang/Divulgação
Vocalista Lucas Silveira em show do Fresno durante a I Wanna Be Tour, no Allianz Parque, em São Paulo | 2.mar.2024/Flashbang/Divulgação

No palco It’s Not a Phase, quem abriu os trabalhos foi o Fresno, às 11h. A escalação neste horário chegou a gerar discussões acaloradas nas redes sociais entre fãs da banda gaúcha e do NX Zero, que foi escalado para se apresentar num horário mais nobre, pouco depois das 20h.

Apesar disso, quando o Fresno subiu ao palco no horário marcado e abriu o show com o clássico “Quebre as Correntes”, do álbum “Ciano”, de 2006, o Allianz Parque já recebia um ótimo público.

“Eu não sei superar o fato de ter tanta gente aqui pra ver o primeiro show de um festival com 12 bandas. Isso é incrível e a gente só tem a agradecer a vocês pela oportunidade que vocês nos dão de jamais desistir”, discursou o emocionado Lucas Silveira, guitarrista e vocalista do Fresno.

Durante os quase 50 minutos de show, a banda tocou 13 músicas de sete álbuns diferentes, além do single “Eu Nunca Fui Embora”, nome do novo disco do grupo que será lançado em abril.

No palco “It’s a Lifestyle”, Às 13h50, Pitty apresentou mais uma vez o show em homenagem aos 20 anos do álbum de estreia, “Admirável Chip Novo”, lançado em 2003, e que foi tema de uma extensa turnê dela no ano passado, com direito a um show no festival The Town, em São Paulo.

Pitty em show na I Wanna Be Tour, no Allianz Parque, em São Paulo | 2.mar.2024/Flashbang/Divulgação
Pitty em show na I Wanna Be Tour, no Allianz Parque, em São Paulo | 2.mar.2024/Flashbang/Divulgação

Para o show de sábado da IWBT, a rockeira baiana repetiu exatamente o mesmo setlist que foi apresentado no autódromo de Interlagos, na capital paulista, em 9 de setembro do ano passado.

“Teto de Vidro”, “Admirável Chip Novo”, “Máscara”, “Equalize”, a xará do festival “I Wanna Be” e “Semana que Vem” compuseram o bloco “ACR” que abriu o show, e os hits “Memórias”, “Pulsos”, “Na Sua Estante” e “Me Adora”, que fazem parte de outros álbuns da cantora, finalizaram, nesta ordem, a excelente apresentação.

Mais tarde, às 17h, no palco “It’s Not a Phase”, o The Used fez um dos melhores shows do dia. Com um repertório de 12 músicas que passou por todas as fases da banda, o grupo privilegiou mais da metade do set para músicas dos dois primeiros álbuns, sendo três do autointitulado, de 2002, e quatro do “In Love and Death”, de 2004.

A banda, de Utah (EUA) é conhecida pelo peso de algumas de suas músicas e o tons bastante angustiados dos vocais –muitas vezes– gritados pelo vocalista Bert McCracken. Ele, que tem um longo histórico de problemas de saúde mental, estava leve feito uma pluma no palco da I Wanna Be Tour.

Bert também parecia estar muito feliz por estar de volta ao Brasil depois de 12 anos da última passagem do The Used pelo país. Ele fez até uma música de improviso baseado no mundialmente conhecido “Please, Come to Brazil”, que muitos fãs brasileiros utilizam como mensagem para interagir com os perfis de redes sociais dos artistas internacionais.

O principal destaque do show, no entanto, seria a participação de Lucas Silveira, do Fresno, no clássico do primeiro álbum, ”A Box Full of Sharp Things”, que encerrou o set do The Used de forma explosiva, seguido de um rápido cover de “Smells Like Teen Spirit”, do Nirvana.

Vocalista Di Ferrero em show do NX Zero durante a I Wanna Be Tour, no Allianz Parque, em São Paulo | 2.mar.2024/Flashbang/Divulgação
Vocalista Di Ferrero em show do NX Zero durante a I Wanna Be Tour, no Allianz Parque, em São Paulo | 2.mar.2024/Flashbang/Divulgação

No mesmo palco, três horas depois, seria a vez do NX Zero se apresentar. Com um repertório bem mais enxuto do que o da turnê do ano passado, que marcou a volta do quinteto paulistano aos palcos, o NX trouxe como principal novidade a inclusão de alguns trechos de músicas antigas.

“Apenas um Olhar”, “Um Outro Caminho”, “Uma Chance”, e “Finja Entender”, todas do primeiro álbum do grupo, “Diálogo”, lançado independentemente em 2004, e que deu início à caminhada de sucesso do NX Zero, foram tocadas numa espécie de pout-pourri quase ininterrupto que pegou os fãs mais antigos de surpresa.

Além delas, outros hits como “Cedo ou Tarde”, “Razões e Emoções” e “Além de Mim” também marcaram presença no set, sendo cantadas a plenos pulmões pelos 50 mil emos que lotaram o Allianz Parque.

Responsáveis por encerrarem as atividades do palco “It’s Not a Phase”, a partir das 21h10, os americanos do A Day to Remember fizeram o que se esperava deles num show de quase uma hora de duração.

A banda da Flórida (EUA) apresentou mais uma vez para o público brasileiro os principais sucessos da carreira, do pop punk ao metal breakdown violento, com direito a muito bate-cabeça em músicas como “The Downfall of Us All”, “Right Back at It Again” e “All Signs Point to Lauderdale”.

Além disso, uma característica marcante dos shows do grupo é a distribuição de camisetas da banda, disparadas por uma arma de brinquedo, e o lançamento de papéis higiênicos do palco que, além de ser interessante enquanto efeito visual, também pode ser visto como uma utilidade pública dentro de um festival de música.

Vocalista Pierre Bouvier em show do Simple Plan durante a I Wanna Be Tour, no Allianz Parque, em São Paulo | 2.mar.2024/Flashbang/Divulgação
Vocalista Pierre Bouvier em show do Simple Plan durante a I Wanna Be Tour, no Allianz Parque, em São Paulo | 2.mar.2024/Flashbang/Divulgação

Os canadenses do Simple Plan tiveram a honra de encerrar o primeiro dia da I Wanna Be Tour com um show digno de headliner de festival, beirando quase 90 minutos de apresentação no palco “It’s a Lifestyle”.

Na comparação com o dia anterior, na sexta-feira, quando o Simple Plan se apresentou no sideshow do festival junto com o NX Zero, na casa Vibra São Paulo, o setlist teve cinco músicas a menos.

Mesmo assim, clássicos como “I’d Do Anything”, “Addicted”, “Shut Up” e “Perfect”, o medley com “All Star”, do Smash Mouth, “Complicated”, de Avril Lavigne, e “Mr. Brightside”, do The Killers, além da música trilha do desenho Scooby-Doo “Where’s Scooby?”, não ficaram de fora da divertida apresentação da banda.

Assim como no sideshow, a banda também fez uma versão de “Vira-vira”, do Mamonas Assassinas, e levou ao palco o vocalista do NX Zero, Di Ferrero, para cantar “I’m Just a Kid”, enquanto o vocalista Pierre Bouvier tocava bateria e o baterista Chuck Comeau era carregado pelo público na pista.

Uma novidade no show dos canadenses foi a participação da cantora americana Air Yell na música Jet Lag, que já cantou a mesma música com o Simple Plan em outras oportunidades.

Horários dos shows da I Wanna Be Tour 2024
11h – Fresno
11h53 – Plain White T’s
12h46 – Mayday Parade
13h49 – Pitty
14h52 – Boys Like Girls
15h55 – Asking Alexandria
16h58 – The Used
18h01 – All Time Low
19h04 – The All American Rejects
20h07 – NX Zero
21h10 – A Day to Remember
22h13 – Simple Plan

 

I Wanna Be Tour 2024

RECIFE
Quando: 6 de março
Onde: área externa do Centro de Convenções Pernambuco (av. Prof. Andrade Bezerra, s/n, Salgadinho, Recife, PE)
Quanto: R$ 190 a R$ 650
Mais informações:eventim.com.br

RIO DE JANEIRO
Quando: 9 de março
Onde: Riocentro – área externa (av. Salvador Allende, 6.555, Camorim, Rio de Janeiro, RJ)
Quanto: R$ 190 a R$ 650
Mais informações: eventim.com.br

BELO HORIZONTE
Quando: 10 de março
Onde: Arena Independência (rua Pitangui, 3.230, Horto, Belo Horizonte, MG)
Quanto: R$ 190 a R$ 650
Mais informações: eventim.com.br