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Encerrei com chave de ouro, diz Neguinho Beija-Flor sobre aposentadoria após título

Artista deixa os vocais da escola de samba após 50 anos de dedicação e 15ª vitória no Carnaval do Rio

Neguinho da Beija-Flor ergue troféu de campeão do Carnaval 2025, no Rio de Janeiro | 5.mar.2025/Reprodução
Neguinho da Beija-Flor ergue troféu de campeão do Carnaval 2025, no Rio de Janeiro | 5.mar.2025/Reprodução

“Encerrei com chave de ouro”, disse Neguinho da Beija-Flor após o 15º título na história da escola de Nilópolis no Carnaval do Rio. O resultado da apuração foi divulgado nesta quarta-feira (5) e marcou a despedida do artista, que se aposenta dos vocais da agremiação após 50 anos de dedicação.

A agremiação da Baixada Fluminense levou à Marquês de Sapucaí um desfile em homenagem a Laíla, figura icônica do Carnaval carioca e diretor que esteve à frente da Beija-Flor em 13 de seus 15 títulos. Laíla morreu em 2021, vítima da Covid-19.

Com o enredo “Laíla de Todos os Santos, Laíla de Todos os Sambas”, a Beija-Flor revisitou a trajetória do homenageado, desde sua infância até sua devoção aos orixás e sua marcante passagem pela agremiação. A família do ex-diretor acompanhou o desfile, que emocionou o público e os jurados.

“Laíla merecia. Vamos festejar. A comunidade é a estrela de qualquer escola de samba. Pode comemorar. Aposentado com chave de ouro. 50 anos de Carnaval, e com a minha querida Beija-Flor”, afirma Neguinho.

A apresentação da Beija-Flor na segunda-feira (3), o segundo dia de festa na Sapucaí, exibiu alegorias luxuosas e ricas em detalhes, com destaque para a revoada de beija-flores, que representou a eternidade do homenageado. A escola também reproduziu o famoso Cristo Mendigo, carro de 1989 que desfilou coberto por lona preta após proibição da igreja, em um momento de união entre os sósias de Joãozinho Trinta e Laíla.

A apuração foi marcada pela disputa acirrada entre Beija-Flor, Grande Rio e Imperatriz Leopoldinense. A agremiação de Nilópolis se destacou nos quesitos samba-enredo e alegorias e adereços, garantindo o título. A Grande Rio ficou em segundo lugar, e a Imperatriz Leopoldinense em terceiro.

Neguinho da Beija-Flor, que cresceu na escola e se tornou um dos maiores nomes do Carnaval, já havia “previsto” o título e a volta no sábado das campeãs. Em entrevistas, ele deixou claro que não está se aposentando da avenida, apenas do carro de som, e que seguirá carreira como cantor.

Com a vitória, a Beija-Flor se consolida como a terceira maior campeã do Carnaval carioca, atrás apenas da Portela (22 títulos) e da Mangueira (20 títulos). A escola da Baixada Fluminense é a maior campeã do século 21, com nove títulos, e não vencia o Carnaval desde 2018.

Neste ano, a rebaixada do Grupo Especial para a Série Ouro foi a Unidos de Padre Miguel. A escola, que havia ascendido em 2024 após 52 anos, cai após problemas técnicos de som na primeira noite de desfiles, no domingo (2).

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