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Emicida mescla gerações do rap e emociona público em show final de ‘AmarElo’ em SP

Rapper paulista subiu ao palco no parque Ibirapuera para apresentação única da turnê ‘AmarElo – A Gira Final’

Emicida em show da turnê 'AmarElo - A Gira Final' no parque Ibirapuera, em São Paulo | Ênio Cesar - 25.mai.2024/Divulgação

Emicida em show da turnê 'AmarElo - A Gira Final' no parque Ibirapuera, em São Paulo | Ênio Cesar - 25.mai.2024/Divulgação

Emicida subiu ao palco no parque Ibirapuera neste sábado (25) para show da turnê “AmarElo – A Gira Final”, que marca a despedida das ações do álbum “AmarElo”, lançado em 2019. Com ingressos já esgotados, dias antes da apresentação o rapper anunciou uma lista de convidados extensa, que até parecia o cartaz de um festival. E podemos até dizer que o dia frio na capital paulista abrigou uma espécie de festival mesmo.

Entre os diversos convidados estavam nomes como Karol Conká, Projota, Rappin’ Hood e Rashid. A abertura do evento ficou por conta da festa Discopédia, Jota.pê, a DJ Pathy Dejesus e a DJ Sophia.

Emicida subiu ao palco por volta das 19h05, com pouco mais de meia hora de atraso, já que o início estava previsto para 18h30. O termômetro a essa hora marcava 15 °C, com céu nublado e um chuvisco bem fininho. E por ali o artista da zona norte de São Paulo ficou por quase três horas com um setlist que ajudou a aquecer o clima e o coração dos fãs, que esgotaram os ingressos do evento.

A mensagem do artista, um dos principais nomes da música brasileira atualmente, é de esperança, resistência e coletividade, especialmente quando fala em aquilombamento. Não à toa a maioria dos que subiram ao palco com ele era negra, das mais diversas gerações.

O primeiro a acompanhá-lo foi Miguelzinho do Cavaco, um menino de 12 anos, de Itaperuna, no Rio de Janeiro, que despertou a atenção na internet tocando samba e pagode com o instrumento que lhe dá nome, de forma alegre. Entre as músicas que tocaram “Quem Tem um Amigo Tem Tudo”, de Emicida, e “A Amizade”, do grupo Fundo de Quintal.

Nomes de gerações anteriores ganharam o cenário, como Rappin’ Hood, que trouxe sua canção “Suburbano”, e o trio Doctor MC’s, com o clássico do rap nacional “Tik Tak”.

Já nomes como Karol Conká, Projota e Rashid estão entre alguns dos contemporâneos de Emicida. A dupla Os Prettos chegou ainda para dar mais um toque de samba ao espetáculo.

Rico Dalasam, Amiri, Dory de Oliveira, Stefanie, Muzzike, Raphão Alaafin, Souto MC, Jé Santiago, Fabiana Cozza e Pastor Henrique Vieira, além do irmão de Emicida, Evandro Fióti, completaram o lineup do “festival”. Com toda essa turma, o setlist contou com hits da tala de “São Pinxinguinha”, “Pequenas Alegrias da Vida Adulta”, “Pipa Voada”, “Baiana”, “Hoje Cedo”, “Pantera Negra”, “Selvagem”, “Mandume”, “Todos os Olhos em Nóiz”, “Eminência Parda”, “Levanta e Anda”, “Principia” e “Passarinhos”, que encerrou a noite.

MENSAGEM POLÍTICA

Basicamente tudo é político especialmente no show de Emicida. Mas em determinado momento a mensagem foi mais direta quando ele saudou o vereador Eduardo Suplicy (PT), presente no pé do palco. “Queria agradecer essa noite a nobre presença do nosso mano Eduardo Suplicy na casa. Quem dera que todos os políticos pudessem andar na rua igual esse tiozinho com nóis, certo, mano”, disse o artista.

Ele ainda de certa forma criticou a atual gestão do prefeito Ricardo Nunes, em São Paulo. “Falando nisso, é bom dar uma mudada na eleição deste ano. Pelo amor de deus, viu? Pode melhorar bastante essa prefeitura”.

Rappin'Hood (esq.) e Emicida em show da turnê 'AmarElo - A Gira Final' no parque Ibirapuera, em São Paulo | Ênio Cesar - 25.mai.2024/Divulgação
Rappin’ Hood (esq.) e Emicida em show da turnê ‘AmarElo – A Gira Final’ no parque Ibirapuera, em São Paulo | Ênio Cesar – 25.mai.2024/Divulgação

‘AMARELO – A GIRA FINAL’

Com 12 compromissos ao todo, a turnê começou com dois shows em Belo Horizonte (8 e 9/3), passou por Porto Alegre, Brasília, Goiânia, Recife, Salvador e Rio de Janeiro. Depois da capital paulista, Emicida se apresenta em Florianópolis (21/6, na Arena Opus), Curitiba (22/6, na Live Curitiba) e Belém (28/6, no festival Ambienta). Havia um espetáculo marcado em Manaus, em 28 de junho, mas foi cancelado por causa da logística, diz a produção.

Desde o lançamento do projeto, antes desta tour, Emicida já se apresentou com o espetáculo 120 vezes, em 9 países e 55 cidades. Para Emicida, “AmarElo” é mais do que um disco, é um experimento social. Com 11 faixas, o trabalho venceu o Grammy Latino na categoria de melhor álbum de rock ou música alternativa em língua portuguesa, em 2020.

No mesmo ano, também ganhou um documentário na Netflix: “Emicida: AmarElo – É Tudo Pra Ontem”, que mostra bastidores do show do cantor no Theatro Municipal de São Paulo, além de entrevistas com artistas como Zeca Pagodinho, Fernanda Montenegro e Pabllo Vittar, que também participam de canções do disco. Em 2021, o filme ainda foi indicado ao Emmy Internacional na categoria melhor produto artístico.

Emicida – turnê ‘AmarElo – A Gira Final’ 2024

FLORIANÓPOLIS
Quando: 21 de junho de 2024
Onde: Arena Opus (rodovia SC-281, 4.000, Sertão do Maruim, Florianópolis, SC)
Quanto: R$ 100 a R$ 290
Mais informações: ticketmaster.com.br

CURITIBA
Quando: 22 de junho de 2024
Onde: Live Curitiba (r. Itajubá, 143, Novo Mundo, Curitiba, PR)
Quanto: R$ 110 a R$ 290
Mais informações: ticketmaster.com.br

BELÉM
Quando: 28 de junho de 2024
Onde: Festival Ambienta – Espaço Náutico Marine Club (av. Bernardo Sayão, 5.232, Guamá, Belém, PA)
Quanto: R$ 50 a R$ 100
Mais informações: bilheteriadigital.com